Atividade amilolítica da saliva em relação ao tempo de reação e de acordo com a concentração enzimática

            ATIVIDADE AMILOLÍTICA DA SALIVA EM FUNÇÃO DO TEMPO DE REAÇÃO 


 Como sabemos,  a saliva é uma mistura de homogênea de secreções produzidas principalmente pelas glândulas  e pelas glândulas bucais menores, que desempenham uma função dupla: participação no processo de digestão no processo de digestão e facilitação da deglutição dos alimentos. Ela tem como função ser um meio secretivo, essencialmente, e funciona como um meio de excreção. Além de desempenhar um papel importante na manutenção dos tecidos bucais, uma vez que exerce um efeito de limpeza arrastando substâncias alimentares e microorganismos patogênicos que se não fossem removidos, contribuiriam para o surgimento de cáries dentais.
Normalmente, encontramos nas salivas humanas: uréia, tiocianato e nitrito.Durante toda a evolução, a saliva foi criada para ter um papel fundamental na digestão, ou seja, todas as substâncias nela encontrada, tem como finalidade executar a secreção. Tudo aquilo, que não será válido para o corpo será excretado.

Na secreção da saliva temos um suco constituído de:

ÁGUA: que possui um papel de emulsificar o bolo alimentar;
MUCINA: auxilia na deglutição, sendo considerada uma mucoproteína. Lubrifica a passagem do alimento pelo esôfago e protege a mucosa oral;
LISOZIMA: funciona como um agente antimicrobiano; 
BICARBONATO:  ele equilibra o pH da saliva, em torno de 7,0. Como sabemos  a fermentação tende a gerar substâncias ácidas, com isso o bicarbonato protege os nossos dentes, assim como a mucosa também.
NaCl:  Esse cloreto é o cofator da amilase salivar. Desta forma, ele é importante para que a amilase tenha sua melhor atividade.
Enzimas atuantes na secreção da saliva:
LIPASE LINGUAL: encontrada geralmente em onívoros com baixa frequência;
AMILASE SALIVAR:  participa do processo de digestão de carboidratos, ela também rompe ligações glicosídicas do tipo alfa 1,4. Lembrando que estas ligações devem estar no interior das moléculas para serem rompidas.

                                                          AMILASE SALIVAR  
        Esta enzima, como já mencionado anteriormente, executa o processo que chamamos de ENDOGLICOSIDADE, ou seja, ela rompe apenas as ligações do tipo alfa 1,4 que estejam no interior das moléculas. É necessário que tenha um pH mais ou menos igual à 7,0, para que a mesma não seja desnaturada, ou seja, para que ela não perca sua estrutura tridimensional, não perdendo assim, a sua atividade. Necessita de  NaCl como seu cofator, pois o mesmo influencia em seu desempenho de forma positiva. E por fim, dizemos que  amilase nunca gera glicose, mas ela gera substratos, como isomaltose, maltotrioses, dextrinas e maltoses. 

Após esta breve introdução, vamos para os procedimentos práticos:

Os materiais utilizados foram: Amido -solução de amido 0,1% em solução de NaCl 0,9% (solução salina fisiológica); Enzima alfa amilase de saliva;  Solução de NaCl 0,9%; Solução de lugol e  Solução de TCA 5%.
    O principal objetivo deste experimento é testar a atividade amilolítica da saliva humana diluída com solução salina fisiológica (NaCl 0,9%) em diferentes tempos. A reação será paralisada pela adição de ácido tricloroacático (TCA) a 5% e o resultado será observado após a adição de lugol. O iodo, é utilizado para termos a evidenciação das fases da digestão do amido.
 Em todos os tubos de ensaio adicionou-se 0,1 ml de saliva humana e 2,9 ml de solução salina fisiológica (NaCl 0,9%).

Tubo 0 segundos: Este tubo é coniderado como o " testemunho" de um método cinético. Onde nele não ocorre a atuação da enzima no respectivo substrato. Fizemos o tempo zero segundo adicionando o ácido tricloroacético à saliva (enzima) antes dessa ter entrado em contato com a amilose (substrato). Isso siganifa que a amilase sofreu desnaturação antes de entrar em contato com o substrato. Posteriormente, adicionamos 2 gotas de lugol, e obtivemos uma coloração azul, ou seja, tivemos ZERO de atividade amilolítica e o amido continuou puro e não foi degradado neste tubo.

Tubo 8 segundos:  Neste tubo adicionou-se 0,1ml de saliva humana, 2,9 ml de solução salina fisiológica. Após 8 segundos, adicionamos 1,0 ml de TCA e por último 2 gotas de lugol. Obtivemos uma coloração avermelhada, o que significa que tivemos uma pequena atividade amilolítica e encontramos nesse tubo a presença de polímeros de oligossacarídeos.

Tubo 15 segundos:  Neste tubo adicionou-se 0,1ml de saliva humana, 2,9 ml de solução salina fisiológica. Após 15 segundos, adicionamos 1,0 ml de TCA e por último 2 gotas de lugol. Obtivemos uma coloração alaranjado indo para o amarelo, o que significa que tivemos uma pequena atividade amilolítica também.

Tubo 20 segundos: Neste tubo adicionou-se 0,1ml de saliva humana, 2,9 ml de solução salina fisiológica. Após 20 segundos, adicionamos 1,0 ml de TCA e por último 2 gotas de lugol. Obtivemos uma coloração amarelada, o que significa que tivemos uma média atividade amilolítica e encontramos nesse tubo a presença de polímeros de dextrinas.

Tubo 30 segundos: Neste tubo adicionou-se 0,1ml de saliva humana, 2,9 ml de solução salina fisiológica. Após 30 segundos, adicionamos 1,0 ml de TCA e por último 2 gotas de lugol. Obtivemos uma coloração incolor, o que significa que tivemos uma ALTA atividade amilolítica e encontramos nesse tubo a presença de maltose, isomaltose e maltotrioses. O amido foi degradado.

ATIVIDADE AMILOLÍTICA EM FUNÇÃO DA CONCENTRAÇÃO ENZIMÁTICA 

Neste experimento, tivemos o objetivo de acompanhar a hidrólise do amido utilizando um catalisador biológico (enzima). Utilizamos salivas de animais, no meu caso a saliva de equino foi usada. 

Os materias utilizados foram: Solução de amido 0,1% em solução salina fisiológica 0,9%;  enzima alfa amilase; solução de NaCl 0,9%;solução de lugol, solução de HCl.

Primeiramente nós preparamos o 1º tubo de ensaio. Adicionamos 0,1 ml de saliva de equino e completamos com solução salina até chegar 10ml de volume, ou seja, diluímos a saliva 1:100.
Em seguida, em cada tudo do 1º ao 8º , colocamos  1ml de solução de NaCl 0,9%;
No primeiro tubo, pegamos 1ml da saliva diluída, misturamos bem e retiramos 1ml da mistura feita e transferimos para o segundo tubo, procedendo dessa forma até ao 8º tubo (fizemos uma diluição seriada);
Depois, adicionamos 2ml de  solução de amido 0,1%  em todos os tubos, misturamos bem e no final colocamos 2 gotas de lugol do tubo 1 ao 8 e homogeneizamos bem.
   No final do experimento foi observado que a concentração enzimática influencia sim na atividade do amido. Quanto maior a concentração enzimática, maior será a atividade do amido, claro que variando de acordo com a espécie. 
No tubo 1, encontramos uma coloração incolor (acrodextrinas), ou seja, teve atividade amilolítica;
No tubo 2, tivemos mais ou menos;
Do tubo 3 até o 8, encontramos colorações totalmente azuis, ou seja, ZERO de atividade amilolítica.

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